As peles definitivamente são peças que ostentam luxo, poder e sofisticação, aguçam o desejo de posse da maioria das mulheres, sejam casacos, bolsas e calçados.
Por sua vez, os apelos ambientais em função da extinção de espécies animais têm falado mais alto para os grandes estilistas; a atitude errática de produzir e colecionar peles verdadeiras gera constantemente críticas de ambientalistas e estudiosos em geral.
Neste sentido, as peles falsas estão cada vez mais invadindo araras e desfilando grandes grifes nos mundo todo; pertinente e responsável já que a moda também tem que se adaptar ao nosso contexto social e ambiental; a prova disso é o desfile Maison Chanel que Lagerfeld mostrou ao mundo a responsabilidade da grife sobre o assunto.
Para simbolizar o derretimento das calotas polares, o estilista fez com que as barras dos jeans das modelos ficassem encharcadas de tanto andar sobre um mar de gelo derretido.
“O aquecimento global é a questão do nosso tempo. A moda tem que se posicionar”, disse Lagerfeld.
Na passarela, praticamente todos os modelos ostentavam algum elemento de pele, começando com dois casais arrojados que pareciam selvagens exploradores polares. Logo após vieram, as intrépidas viajantes (que também pareciam belíssimas): a modelo Freja Beha vestia uma jaqueta de couro falso imitando a pele de raposa branca e a australiana Abbey Lee usava da cabeça aos pés uma mistura de urso polar em retalhos. Lagerfeld vai utilizar as duas modelos na próxima campanha ready-to-wear da Chanel; “A coisa toda era falsa, cada pedaço de pele. Mas isso parece certo para o nosso tempo”, explicou Lagerfeld.
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