VINHOS ESPUMANTES!!!

Hoje vamos conversar um pouco acerca de vinhos espumantes, já que estamos no início de março e a pouco brindamos a chegada de 2011; nestas passagens de ano os espumantes lideram a preferência e a palavra champagne soa forte entre todos; mas afinal, o que seria um champagne, vinho espumante, champanha, filtrado, enfim há diferenças entre eles ou tudo que tem gás pode ser chamado de champagne, veremos agora.

Buenas, como já disse a vocês anteriormente vinhos é uma arte minuciosa e não é tão simples como parece ser e o champagne não foge à regra, pois os erros cometidos acerca dos vinhos espumantes são muitos; para início de nossa conversa vou explicar minuciosamente a definição de cada bebida para que todos possam entender.

Quando falamos de espumante, estamos falando de vinho espumante, ou seja, é um vinho com borbulhas suficiente para formar  espuma, portanto, precisa ter bastante gás carbônico natural e logo é feito a partir de uvas.

Os vinhos espumantes designam este tipo de bebida aqui no Brasil, cujo anidrido carbônico seja resultante, unicamente, de uma segunda fermentação alcoólica de vinho, em garrafa ou em grande recipiente, com graduação alcoólica em torno de 10° a 13° G.L; logo os vinhos espumantes aqui no Brasil recebem o nome de champanha, champagne é aquele oriundo unicamente de Champagne na França, portanto, o tipo de bebida vinho espumante recebe o nome de CHAMPANHA no Brasil, e o correto é ‘ O CHAMPANHA’ já que é um vinho, portanto no masculino. O termo champanha está meio em desuso nos últimos tempos, parece soar meio errado, usa-se muito mais o termo vinho espumante, parece politicamente mais correto e elegante.

Os vinhos espumantes também podem ser:

Brut – significa totalmente seco e são vinhos espumantes bastante encorpados.

Demi – sec – meio termo para resumir nossa conversa e com teor superior de 20 a 60 gl de açúcar.

Meio doce – um pouco mais leve e doce que o espumante demi-sec com teor superior a 40 e até 80 gl de açúcar.

Moscatel – é o vinho espumante doce, aromático e leve feito especificamente de uvas do tipo moscatel.

Prosecco - é o nome da uva que produz este tipo de espumante, ele é seco, mas bastante leve, agrada aqueles que acham os bruts muito encorpados, por exemplo; a Vinhos Salton produz um espumante prosecco de ótima qualidade.

Definido vinho espumante e seus tipos vamos falar agora de filtrados, vinhos frisantes e sidras; o filtrado doce caracteriza-se por ser proveniente de mosto de uva, parcialmente fermentado ou não, podendo ser adicionado de vinho de mesa, possui graduação alcoólica de até 5° G.L; exemplos do tradicional Espuma de Prata, que todos compram por champagne - Dom Perignon, o descobridor do método de fazer champanhe deve se revirar na cova nestas horas – o Espumante Perlage da Vinhos Salton também é um filtrado, eles também podem ser brancos ou rose.

A Sidra é produzida com suco de maçã e não é vinho, tem baixa graduação alcoólica de 4 a 8% e, portanto, não é vinho, nem filtrado, nem vinho espumante e tão pouco champagne; e para finalizar os vinhos frisantes que são aqueles que possuem um pouco de gaseificação, possui entre 7 e 14% de teor alcoólico; o método de obtenção das bolhas, natural ou artificial deve ser informado no rótulo; Lambrusco é o frisante de origem italiana mais vendido no mundo, os frisantes da Almaden também são bastante conhecidos.

Portanto, falar que irá tomar champagne parece ser muito chique e sofisticado num primeiro momento, mas quando se trata de uma garrafa de Espuma de Prata, será uma gafe e tanto, pois o correto dever-se ia dizer vamos tomar filtrado; acerca do tradicional estouro dos vinhos espumantes ou filtrados também existem peculiaridades; se for apenas para festejar vale a abertura da garrafa com o tradicional estouro da rolha, mas se for para degustação posteriormente, a maneira correta para a bebida não perder o gás deve ser feito da seguinte forma: procure soltar o arame e apóie o gargalo na palma da mão. Segure o gargalo com os dedos e a rolha com o polegar. A seguir, gire a garrafa com a outra mão provocando uma leve pressão para baixo até que, gentilmente, a rolha se solte com um suspiro e conserve sua essência para ser deliciosamente degustado.

EDY.